9 de ago. de 2012

31 de mai. de 2012

Quebra-cabeça



#...17 – Quebra-cabeça

Como pode um Homem ser um quebra-cabeças?
Como deveria parecer a cabeça de um Homem
Que esteve à frente de tantas cabeças de homens
Destinadas aos Orixás em suas cabeças?

Observo os olhares de seus filhos,
Na esperança vã de me ver a olhá-lo;
Teria minha pupila a mesma fotografia
De admiração ao fitá-lo?

Um sorriso brota, desavisadamente,
Quando levado pelos risos da nova mãe;
Mas do casal que surgia do entrelaçamento
Destas almas e corpos, que efeito em mim causaria?

Sinto-me estranhamente órfão,
quando tenho ao meu lado
O mais amigo dos pais...
O pai no templo seria assim, tão amigo?

Farejo seu rastro, como uma traça
A devorar suas letras escritas;
Um pintor de retrato-falado;
Um cantor de vozes gravadas;
Um aluno, da fria tela do monitor...

Como seguir seu legado,
Se só enxergo uma minúscula
Parte de sua obra?

Por todo lado me sinto aprisionado,
Na saudade do que não conheci,
Nos ensinamentos que não aprendi,
No abraço que nunca senti...

Que homem serei eu,
Ao seguir os passos do
Homem que não vi ser?
                                 (Daniel Tomazine Teixeira)

29 de abr. de 2012

Solenidade de Inauguração do Centro de Cultura Negra de Itaipuaçú - Sala Professor José Flávio Pessoa de Barros

O Ilê Axé Omin agradece aos Professores José Luis e Maria do Socorro, fundadores do Centro de Cultura Negra de Itaipuaçú pela homenagem prestada ao nosso saudoso Papai Flávio . Na ocasião foi inaugurado o espaço para "troca de saberes e fazeres africanos e afro-brasileiros", dentro do qual, uma sala que leva o nome do Professor e Babalorixá José Flávio Pessoa de Barros.






4 de mar. de 2012

Venha com a abelha que te devolvo em mel!

“De flor em flor a abelha enche o pote”

O Ile Asè Omin tomou a liberdade de trocar um pouco as palavras do ditado popular “de grão em grão a galinha enche o papo” para contar o que está começando a adoçar a casa.
Depois de uma formação em Meliponicultura no Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (SENAR) de Curitiba, do Paraná, em janeiro deste ano. O sítio começou a reproduzir seus primeiros aprendizados...
Para quem não conhece, a Meliponicultura é o cultivo de abelhas indígenas sem ferrão, os meliponídeos, que podem ser encontrados em todas as regiões tropicais e subtropicais.
A ideia é formarmos um meliponário, que seria um tipo de condomínio com pequenas casas de madeira para as abelhas construírem suas colméias. Promovendo assim a maior polinização da flora do ecossistema de Cachoeira de Macacu e quem sabe posteriormente valorizarmos para a medicina como se prática na mãe África.
Já são quatro colméias de abelhas e que já deram frutos, ou melhor, mel! Apesar de mais fluido e se cristalizar lentamente do que o que estamos acostumados a ver, da abelha com ferrão. Não deixa de ser uma delícia e uma ótima oportunidade de geração de renda.
O projeto do meliponário ainda pretende crescer e transmitir esse conhecimento para a região. Onde até crianças das escolas locais possam o aprender sobre o ciclo ecológico e sua importância na prática.


Por: Luiz André de Xango

"Da Abelha ao Mel, com Amor, Dedicação e Saúde"